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Economia deve seguir com tendência positiva

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Por Jorge Hori* - O Governo Bolsonaro, que assumiu no começo do mês, na realidade, são três: o Governo Guedes, o Governo Moro e o Governo Bolsonaro, propriamente dito.

Paulo Guedes tem pouca experiência pública, estando registrada apenas uma participação marginal na equipe do Plano Real. Mas cercou-se de uma equipe com grande experiência na área pública e mais especificamente na gestão da política econômica, como o ex-ministro Joaquim Levi, mesclada com seminovos como ele na gestão pública. 

Fora o seu discurso de posse, um libelo ultraliberal, mandou a equipe não se manifestar e passou a atuar apenas nos bastidores. Membro da sua equipe teve que vir a público para desmentir uma trapalhada do presidente, que causou alvoroço no mercado.

Sérgio Moro também saiu dos holofotes, depois de uma posse altamente concorrida, mas teve que agir no caso dos tumultos promovidos pelas facções criminosas no Ceará.

Ambos estão se preparando para os grandes embates a partir de fevereiro, quando o Congresso volta a funcionar e precisará apreciar as propostas de mudanças encaminhadas pelos Governos.

Não precisam nem desejam mostrar serviço, durante o primeiro mês de governo.

Já Bolsonaro precisa ter o que dizer ao seu público, mostrar que assumiu a Presidência e está usando a sua caneta de plástico. Firmando o seu "chamegão" sem entender bem o que está assinando, sem a devida assessoria - pois foram demitidos por Lorenzoni - sai imediatamente comunicando a sua versão, pelo twitter, algumas vezes desmentida pela sua equipe.

Janeiro será um mês de pequenas confusões, apenas para "ter assunto para publicar". E gerar assunto para as conversas regadas a cerveja nos bares e nas praias neste verão inclemente.

O que é preciso avaliar é se essas confusões vão impactar na popularidade do presidente, nas expectativas da população e na reação dos congressistas a partir de fevereiro.

Janeiro ainda é um mês de férias para muitos, conjugando as suas com as férias escolares dos filhos e netos.

A mídia enfrenta um mês fraco de notícias políticas, mas o Governo dá margem a uma movimentação incomum, que se diluirá quando fevereiro chegar.

Na política brasileira o ano começa em fevereiro, sem esperar pelo Carnaval. Quem serão os eleitos para as mesas das casas do Congresso? Rodrigo Maia seguirá como presidente da Câmara? Renan Calheiros voltará à Presidência do Senado? As três próximas semanas serão de apostas, com as vias públicas tendo um trânsito mais fluente e os estacionamentos com menor movimento.

Para o setor o que interessa mais é se o público consumidor das grandes cidades voltará a comprar mais, a partir de fevereiro. Se usará mais o seu carro e se utilizará mais os estacionamentos.

A minha expectativa é que as "trapalhadas de janeiro" são acidentes de partida, que não irão prejudicar as tendências de melhoria da economia.

*Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.

NOTA:

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.


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