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Carro compartilhado. E sem motorista

 

As engenhocas inovadoras para os excêntricos admirarem de olhos arregalados durante a Consumer Electronics Show (CES), o evento anual de tecnologia em Las Vegas, costumavam ser tipicamente pequenas. Mas, nos últimos anos, a elas se juntou um número cada vez maior de automóveis. Nesta semana, Mary Barra, presidente da GM, apresentou a nova versão da montadora do carro elétrico Bolt.

As fabricantes reconhecem a dupla ameaça que a tecnologia representa, pois a economia do compartilhamento, incluindo do automóvel, começa a decolar, e os veículos sem motorista também estão se aproximando. Algumas pessoas que até agora queriam ter um carro, talvez já não o desejem, colocando em risco o crescimento que a indústria automotiva esperava com a ascensão da classe média nos países em desenvolvimento. Em segundo lugar, as empresas de tecnologia talvez passem a ser mais bem preparadas do que as fabricantes de automóveis para desenvolver e lucrar com o software que constituirá a base do veículo sem motorista e do compartilhamento de automóveis. Algumas dessas empresas poderão fabricar os próprios carros.

Num relatório divulgado antes das feiras de Las Vegas e Detroit, o banco de investimentos Morgan Stanley disse que a indústria automobilística foi afetada “muito mais cedo, rapidamente e de maneira mais profunda do que se poderia esperar”. Ele previu que os fabricantes de carros convencionais terão de lutar para se reinventarem. Para demonstrar isso, pouco antes da abertura da CES, a GM anunciou um investimento de US$ 500 milhões no Lyft, serviço de compartilhamento de automóveis.

O boato sobre uma associação entre a Ford e o Google para a produção de carros sem motorista não se concretizou na feira, mas os rumores enfatizaram a convulsão que as empresas de tecnologia estão causando na indústria automobilística. Além disso, foram anunciadas outras parcerias: a Ford está se unindo à Amazon para conectar seus carros a casas inteligentes. Também foi anunciado na CES que a Toyota adotará a tecnologia embutida no automóvel da Ford, que compete com o CarPlay, da Apple, e o Android Auto, do Google, para acessar aplicativos de smartphones e outros recursos.

As fabricantes de carros têm muito a aprender. A maioria está trabalhando para produzir veículos totalmente ou parcialmente sem motorista, e várias fazem experiências com compartilhamento de carros. Mas o Google continua sendo o principal expoente do veículo automático. Seus robôs, drones e motores de busca acumulam um nível de expertise capaz de guiar um carro sem motorista pela estrada evitando pedestres, obstáculos e outros veículos, usando o poder do computador e software sofisticado para interpretar grandes quantidades de dados recebidos dos sensores a bordo do veículo e de fontes externas por meio de conexões sem fios.

Economia compartilhada

O compartilhamento de corridas, os clubes de carros e outras alternativas à compra de um veículo próprio estão em alta. A participação em clubes de carros, permitindo que as pessoas reservem uma corrida por meio de um aplicativo por, no mínimo, 15 minutos, está crescendo mais de 30% ao ano, segundo a consultoria Alix Partners, e deverá chegar a 26 milhões de membros até 2020.

Quando conseguirem dispensar o motorista, as empresas de táxi, os clubes de carros e os negócios de compartilhamento de carros de fato se fundirão numa grande alternativa à compra de um veículo.

Então, quando os automóveis totalmente autônomos chegarão aos showrooms? O Google, cujos carros foram testados em 2,1 milhões quilômetros de estradas normais, prometeu a novidade para 2018, enquanto a maioria dos analistas frisa que os anos 2030 serão mais plausíveis para as fabricantes introduzirem seus recursos para a direção automatizada. Atualmente, Fields afirma que os carros automatizados estarão prontos para rodar até 2020. Os executivos mais conservadores acrescentam cinco anos a essa data.

Fonte: O Estado de S. Paulo/The Economist, 10 de janeiro de 2016

Categoria: Mundo do Automóvel


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