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Em entrevista ao CB.Poder — uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília —, o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, detalhou o projeto de implementação do estacionamento rotativo, conhecido como Zona Verde, em áreas públicas da cidade. A iniciativa, segundo o secretário, é um estímulo ao transporte público e à ocupação eficiente dos espaços da capital. Atualmente, a iniciativa encontra-se na fase de consulta pública, com o intuito de receber contribuições para o aprimoramento dos estudos técnicos da Zona Verde, que terá parceria com a iniciativa privada. A previsão é de que a concessão tenha a duração de 30 anos.
Segundo Valter, o projeto estabelece que muitos motoristas usem o transporte público de graça. “Eu costumo dizer que tudo no projeto pode mudar, exceto duas coisas. Uma é a obrigatoriedade de construir os estacionamentos nas estações do BRT. A outra é a gratuidade para quem utilizar o transporte coletivo e deixar o seu veículo nesses estacionamentos do metrô e do BRT”, explicou. “Brasília está sendo uma das últimas cidades a implementar esse sistema de estacionamento rotativo. Queremos colocar agora, porque vimos que deu certo em outras cidades”, acrescentou.
O secretário também comentou a privatização da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô/DF) e a implementação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Confira os principais trechos da entrevista:

Está em andamento um projeto para cobrar estacionamento nas áreas centrais do Plano Piloto. Quais os objetivos dessa mudança e que melhorias podem trazer para a mobilidade do DF?
São dois objetivos principais. O primeiro é incentivar o uso do transporte coletivo. O projeto diz que quem ganhar a concessão para exploração dos estacionamentos públicos terá a obrigação de construir estacionamentos nas estações do Metrô e do sistema Bus Rapid Transit (BRT). Com isso, as pessoas poderão deixar seus carros nas estações e utilizar o transporte público. O segundo objetivo é criar rotatividade no estacionamento público, que hoje sabemos ser um grande problema. Nas áreas comerciais de Brasília, há pessoas que chegam com o carro pela manhã e só saem à noite, ou seja, não há rotatividade no estacionamento. O projeto possibilita isso.

Há previsão de redução dos engarrafamentos?
A consequência de utilizar o transporte coletivo em detrimento do transporte individual é diminuir o número de carros nas rodovias. Então, quem vem das cidades satélites, provavelmente, verá um impacto grande e bom com a diminuição dos veículos.

 O projeto está em fase de consulta pública. Como está funcionando? Com quem vocês têm conversado?
Colocamos o projeto em consulta pública e deve ficar nesse estágio até 14 de agosto. No dia 31, tivemos uma audiência, mas continuamos conversando com o Ministério Público, a Câmara Legislativa e a sociedade civil. Estamos debatendo esse assunto para receber contribuições e melhorar o projeto, que foi apresentado e está a disposição no site da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), para quem queira saber como vai funcionar. Eu costumo dizer que tudo no projeto pode mudar, exceto duas coisas. Uma é a obrigatoriedade de construir os estacionamentos nas estações do BRT. A outra é a gratuidade para quem utilizar o transporte coletivo e deixar o seu veículo nesses estacionamentos do metrô e do BRT. Depois de a Semob compilar todas as sugestões e identificar aquilo que é factível ou não, fará suas sugestões específicas e também publicará todas as alterações que foram sugeridas e aceitas — ou não.

Como será feita a cobrança?
A ideia é que a empresa coloque diversas formas de cobrança. Poderá ser por parquímetro, celular, sistema informatizado, computador ou guichês, para que o usuário possa adquirir o seu bilhete. O máximo possível de meios de pagamento para poder facilitar a vida do usuário. Quanto à fiscalização, estamos exigindo que seja feita de forma tecnológica, para que não coloque cancelas. Dessa forma, não ferimos o tombamento da cidade. Queremos mexer o mínimo possível na questão do estacionamento, dos espaços de Brasília.

Então há a preocupação de não ferir nada do tombamento?
Exatamente. E o projeto vai para consulta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A empresa (que vencer a licitação) terá de fazer a revitalização da sinalização, requalificação das calçadas com acessibilidade e melhoria visual nas vagas para deficientes e gestantes. Tudo isso sem mudar as características dos estacionamentos.

Em contrapartida, o que a empresa terá de oferecer?
Primeiro é a questão dos bolsões de estacionamento nas estações do BRT e do Metrô. Depois, precisará fazer essa requalificação, melhorando o acesso às calçadas, a sinalização do estacionamento. Toda a parte de pavimentação será responsabilidade dessa empresa, além de fazer toda a sinalização para acessibilidade, como vagas para deficientes, gestantes e idosos. Além disso, está previsto que criem pontos nos estacionamentos para facilitar a lavagem do veículo, venda de alguns artigos. Isso possibilitará a contratação de pessoas que trabalham como guardador ou lavador de carros. Dessa forma, aproveitamos a mão de obra.
Fonte: Correio Braziliense - Cidades - DF - 11/08/2020

Categoria: Geral


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